domingo, 6 de novembro de 2011

Ruth Rocha

“A literatura é uma maneira da gente mostrar a realidade, da gente botar o dedo nas coisas importantes. A literatura é o veículo que eu uso, normalmente, para expressar minhas perplexidades, para expressar os meus desejos e para expressar minhas indignações”.

(ROCHA. Ruth. Em entrevista concedida ao programa TV Itaú Cultural)


Biografia

            Ruth Rocha nasceu em São Paulo no dia 02 de março de 1931. Formou-se em sociologia pela escola Sociologia e política de São Paulo. Começou a escrever com 38 anos para revista Recreio, onde, em 1969 publica sua obra mais famosa e mais vendida: “Marcelo, Marmelo, Martelo” que faz alusão a criatividade e imaginação das crianças.
            A autora possui 130 livros publicados, muitos dos quais foram traduzidos em mais de 25 idiomas. Ruth Rocha recebeu no decorrer de sua carreira várias premiações destinadas a área de literatura, como prêmio Jabuti por melhor obra ditática: “Escrever e criar... É só começar”. Em 27 de março de 2008 toma posse da cadeira número 38 da Academia São Paulo de Letras.

Algumas obras
  • A Arca de Noé;
  • A Menina que Não Era Maluquinha; As Coisas que a Gente Fala;
  • As Coisas que a Gente Fala;
  • Bom Dia, Todas as Cores!;
  • Borba, o Gato;
  • Catapimba;
  • Como se Fosse Dinheiro;
  • Davi Ataca ao Outra Vez;
  • Escolinha do Mar;
  • Este Admirável Mundo Louco;
  • Faz Muito Tempo;
  • Faca Sem Ponta Galinha Sem Pé;
  • Gabriela e a Titia;
  • Historinhas Malcriadas;
  • Marcelo, Marmelo, Martelo;
  • Meu Irmãozinho Me Atrapalha;
  • Meus Lápis de Cor São Só Meus;
  • O Menino que Quase Virou Cachorro;
  • O rei que não sabia de nada;
  • O reizinho mandão; O Que os Olhos Não Vêem;
  • Pra Vencer Certas Pessoas;
  • Procurando Firme;
  • Romeu e Julieta;
  • Sapo-vira-rei-vira-sapo.

O que fez de Ruth Rocha uma autora consagrada?
 
Um dos motivos que elevou Ruth Rocha para o patamar dos autores consagrados de literatura infantil é a forma inovadora de escrever histórias que correspondam aos acontecimentos vividos diariamente pelas crianças. A autora possui um estilo próprio que se afasta do mundo da fantasia e se propõe a narrar histórias positivas que se aproximam da vida cotidiana do seu público alvo.  Ruth Rocha, em seus livros, busca representar os conflitos da vida e da sociedade em que as  crianças vivem e apresenta soluções positivas para elas.
 
A autora também se propôs a desvelar momentos políticos e problemas sociais do período da ditadura militar. O livro “O rei que não sabia de nada”, segundo Ruth Rocha, é uma correspondência ao governo Médice, que foi considerado o governo mais rígido durante a ditadura. Sintetizando o contexto da época, temos a evolução e a economia crescendo aceleradamente. Enquanto as construções de pontes e rodovias, bem como o “milagre econômico” eram aplaudidos pela população, a dívida externa crescia e o descaso e a precariedade do povo, devido a censura da época, eram escondidos. A história do rei que não sabia de nada retrata um país em caos, mas  que é encoberto por um cenário montado pelos ministros para representar um lugar perfeito e em harmonia. A obra revela, sutilmente, a indignação da autora diante da  tentativa do governo em esconder a realidade do país e mostrar um Brasil fantasioso e perfeito.

Em entrevista concedida ao programa TV Itaú Cultural, Ruth Rocha revela sua preocupação com os problemas socias do Brasil, os quais procura combater com o dom da arte, com o apoio a educação e a leitura.
Entrevista: Parte 1.


Entrevista: parte II


Referências:


2 comentários:

  1. Parabéns pela postagem, visto que estamos neste momento estudando na Narrativa sobre este tema"Ditadura" em Tropical Sol da Liberdade, acredito que deve clarear nossas ideias vendo os vídeos com a entrevista da autora.

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  2. Nesse vídeo os leitores de Ruth Rocha fazem comentário sobre influência da autora para sua formação como leitor!
    http://www.youtube.com/watch?v=LK_qXcD6O7Q&NR=1

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