segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Chapeuzinho (nem tão) Amarelo Assim

  O livro de literatura infantil escrito por Chico Buarque na década de 70, intitulado Chapeuzinho Amarelo, faz uma releitura de um dos contos de fadas mais conhecidos mundialmente: Chapeuzinho Vermelho.
 
  O conto Chapeuzinho Amarelo traz ilustrações de Ziraldo que dão ainda maior riqueza à obra que pode ser resumida como a história de uma menina que tinha medo de tudo. Medo até de ter medo. Por isso a referência à cor amarela, no sentido de amarelar. Essa menina, no entanto, enfrenta o desconhecido e seu maior medo – o lobo – conseguindo superar seus medos e inseguranças.
 
  Diferentemente do conto de fadas tradicional de Chapeuzinho Vermelho, o texto de Chico Buarque explicita o tema do amadurecimento. Primeiramente, a questão do medo é colocada em evidência, o que pode sugerir a relação com a criança na sociedade moderna que vive amedrontada devido às condições da vida urbana hoje. Ao conseguir enfrentar seus medos, porém, a personagem amadurece. Assim, a inversão dos papéis é outra questão de fundamental importância. No final da história, o lobo deixa de ser o forte, dominador, o ser que causa medo para ser a figura dominada, enquanto que Chapeuzinho não é mais a figura dominada e sim, a forte e dominadora. Essa desconstrução é feita sem nenhuma entidade mágica o que afasta essa versão de Chico Buarque dos contos tradicionais.
 
  Ao não trazer um elemento fantástico ou a figura de alguém forte e corajoso – que na versão dos irmãos Grimm se revela pelo lenhador que salva Chapeuzinho e sua avó - para a solução dos conflitos da personagem, expõe-se que a criança é capaz de vencer os seus mais terríveis medos por sua própria capacidade e alcançar um nível de maturidade quando os enfrenta.

 


Grupo 4: Contos de Fadas na Atualidade

Monteiro Lobato - Breve apresentação

          
  Monteiro Lobato (1882-1948), o precursor da literatura infantil no Brasil, trouxe a inovação para a literatura infantil, atrelando fantasia à realidade comum e familiar da criança.
   Considerado um dos grandes mestres deste tipo de literatura, Lobato rompe com os estereótipos fantasiosos, até então, em voga, e o maravilhoso passa a compor o real tornando-se possível de ser vivenciado por qualquer pessoa.
 
   Suas principais obras destinadas ao público infanto-juvenil são: “Reinações de Narizinho” (1921); “O Saci” (1921); “O Marquês de Rabicó” (1922); “A Caçada da Onça” (1924); “Viagem do Céu” (1932); “Sítio do Pica-Pau Amarelo” (1939) etc.
 
  Essas obras infantis são praticamente ausentes de sentimentalismo. A lógica, a curiosidade e a sinceridadecruel, quase sarcástica - são características predominantes em seus personagens, principalmente em “Sítio do Pica-Pau Amarelo”.
 
  Além de criar histórias e personagens, o escritor também fez adaptações de obras famosas como “Dom Quixote das crianças”, “Minotauro”, "Alice no país das maravilhas", "Robinson Crusoé" etc. O intuito dessas adaptações era propiciar conhecimento da tradição histórica, e, mais do que isso, objetivava mostrar como um livro pode apresentar sentidos diferentes no decorrer da história, levando assim, o leitor infanto-juvenil a descobrir e renovar sentidos e “verdades” que foram cristalizados com o tempo.

- Ché ! - Exclamou Emília. Se o livro inteiro é nessa perfeição de língua, até logo! Vou brincar de esconder com o Quindim . Lança em cabido, adarga antiga, galgo corredor... Não entendo estas viscondadas, não ! (LOBATO. 1957, p.14).

  O excerto retirado da obra “Dom Quixote das Crianças” revela o momento no qual D’ Benta inicia a narração da história original de Dom Quixote às crianças. Por ser um livro composto de vocabulário e de estilos rebuscados sua leitura não lhes traziam motivação. D’ Benta, então, começa a narrá-la de uma forma cujos desejos das crianças sejam atendidos. No decorrer da narração elas vão interpretando e atribuindo sentidos aos fatos do enredo, que emanam das condições históricas e ideológicas das quais estão inseridas.
 
  Mais detalhes sobre o livro "Dom Quixote das Crianças" e outras obras infantis de Monteiro Lobato podem ser encontradas nos seguintes sites:
 

REFERÊNCIA
 
Cristiane Mandanêlo de Oliveira (2005). “Monteiro Lobato (1882-1948) – Lobato um Exponente Brasileiro.


Grupo 6: Autores Consagrados da Literatura Infanto-Juvenil

domingo, 28 de agosto de 2011

Boi da Cara Preta - Sérgio Capparelli


     Sérgio Capparelli formou-se em jornalismo e trabalhou alguns anos na área. Algum tempo depois atuou como professor e publicou livros infanto-juvenis em prosa. Em 1983 foi publicado ''Boi da cara preta'', seu primeiro livro de poesia infantil, pelo qual ganhou o Prêmio de Poesia/Literatura Infantil e Juvenil da Associação Paulista de Críticos de Arte. 
 
      Sérgio Capparelli é um dos principais nomes da poesia infantil contemporânea, ''seus versos exploram o humor, o ludismo, os sonhos e as vivências infantis, através da reativação de motivos e recursos da poesia folclórica, tão familiar à infância, do ilogismo e da brincadeira com a sonoridade e o sentido das expressões'', segundo a crítica de Vera Teixeira de Aguiar.

     No livro ''O Boi da Cara preta'' Caparelli faz jogo de palavras assim como em suas outras obras. O autor apresenta situações que mostram às crianças alegrias e aflições. Alguns de seus poemas lembram parlendas e até mesmo cantigas. Encantam-se com o ritmo e as rimas apresentados nos poemas. Um dos poemas do livro "O Boi da Cara preta":


A casa da Dona Rata
 
Na casa de Dona Rata,
tem uma enorme goteira.
Quando chove, ninguém dorme,
acordado, a noite inteira.
 
A goteira é tão grande
que molha a sala e a cozinha,
quarto, banheiro, despensa
e mais de vinte ratinhas.
 

Dona Rata contratou
um ratão para o conserto:

 
– De que adianta eu subir,
se o telhado não tem jeito?

Não tem jeito, seu Ratão
explique então esse caso.

– Sua casa, dona Rata,
 não tem telha nem telhado.


A poesia de Sérgio trata de um fato que sempre acontece na casa de Dona Rata. Ela imaginava que poderia ser uma grande goteira e com isso quando chovia ninguém dormia na casa de Dona Rata, todos ficavam acordados a noite inteira.
 
A goteira era tão grande que acabava molhando a casa inteira, todos os cômodos, além das filhas de Dona Rata. Dona Rata contratou alguém para o conserto, um ratão, e ele disse a ela que nem adiantava subir no telhado, pois não havia jeito.
 
Com isso Dona Rata questiona o ratão para explicar tudo direito, e ele diz que a casa de Dona Rata não tem telha nem telhado.
 
Assim, entendemos o porque a casa de Dona Rata molha inteira quando chove, pois não existe nada, nem goteira, nem telha, nem telhado, nada que possa proteger a casa da Dona Rata.



REFERÊNCIAS

Do site: http://www.capparelli.com.br/. Acesso em: 04 de setembro de 2011.
Do livro: Boi da Cara Preta, autoria de Sérgio Capparelli, Porto Alegre:LP&M, 1998. 27ª edição.


Grupo 3: Poesia Infantil   

domingo, 21 de agosto de 2011

A pátria - poema de Olavo Bilac

Segundo Fernandes (2008), a literatura infantil no Brasil surge no período de transição dos séculos XIX para o XX. Desse período até os dias atuais, muitos escritores tornaram-se consagrados, ou seja, são valorizados e reconhecidos pela dedicação ao público mirim, contribuindo, dentre outras coisas, para a formação do leitor.
A fim de conhecermos quem são esses autores, apresentá-los-emos, seguindo a linha cronológica da história da literatura infantil no Brasil. Cabe frisar que trataremos aqui, apenas, dos principais escritores.


Transição do século XIX para o XX

  Olavo Bilac (1865-1918): Embora seja tradicionalmente conhecido com um dos principais nomes do Parnasianismo, Bilac, no início do século XX, também escreveu literatura destinada aos leitores mirins.  Fernandes (2008) afirma que o "príncipe dos poetas", em suas obras, primava em transmitir os valores ufanistas, ou seja, de amor à pátria e evocação ao militarismo. Essas tendências podem ser verificadas na poesia abaixo, retirada do livro  Poesias Infantis, de 1929.



A PÁTRIA
:
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
 
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
 
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
 
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
 
Vê que grande extensão de matas, onde impera
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
 
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha…
 
Quem com seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o sue esforço, e é feliz, e enriquece!
 
Criança! não verás país nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
 

            Embora estejamos falando de Bilac, poeta parnasiano, ao lermos esse poema, temos a impressão que se trata de uma composição da primeira geração romântica, a geração indianista ou nacionalista, uma vez que apresenta um sentimento ufano e de valorização da Natureza. Isso se deve, porque a literatura infantil nesse período tinha claramente uma função pedagógica, isto é, de ensinar, sobretudo, valores.
 
            Fernandes (2008) acrescenta que “os valores ideológicos imbuídos expressam o idealismo da época, valores que se manifestam em torno do ideário nacionalista amparado nas concepções filosófico-educacionais modernas, associados ao processo de expansão da escola, difusão e massificação da leitura literária às classes populares”.
 
Esse poema, bem como os outros que compõem o livro “Poesias Infantis”, de Olavo Bilac, podem ser acessados na página http://migre.me/5Xhb9. Essa página oferece muitos detalhes a respeito da produção literária infantil do período de 1880 a 1910.

REFERÊNCIA
 
Hercília Maria Fernandes (2008) – Doutoranda em Educação pela UFRN e é autora do blog “Novidades e Velharias”, no qual apresenta muitos artigos relacionados à história da literatura infantil no Brasil.

Grupo 6: Autores Consagrados da Literatura Infanto-Juvenil

Alice no País das Maravilhas

  No Brasil, desde 1975, a fundação responsável por premiar anualmente os melhores livros infatis e juvenis é a FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil). Os prêmios são distribuídos em 18 categorias e são muito importantes para os escritores e editoras.
 
  Um dos livros prêmiados em 2010 foi o clássico de 1865 "Alice no País das Maravilhas" de Lewis Carroll. O livro conta a história de uma menina chamada Alice que após cair numa toca de coelho é transportada para um lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas, revelando uma lógica do absurdo que se confunde com sonhos. A obra está repleta de alusões satíricas de paródias de poemas populares infantis ingleses ensinados no século XIX. Possui também referências linguísticas e matemáticas através de enigmas que contribuíram para a sua popularidade. É um livro encantador e mágico e sua leitura permite que se visualize a construção do mundo adulto através do olhar ingênuo e sonhador dessa criativa menininha.

O que levou uma obra de 1865 receber o prêmio no ano de 2010?
 
  Em 2010 o diretor Tim Burton resolveu recuperar o livro de Lewis Carroll e produzir o filme "Alice". Através do sucesso dessa superprodução o livro voltou a ser comentado e aqueles que até então o desconheciam ficaram curiosos em lê-lo. A obra cânonica voltou a ser um sucesso e se manteve durante semanas entre os livros mais vendidos no país.

  Assista ao trailer do filme de Tim Burton e nos conte se através dele se você sente curiosidade em também ler o livro!


Grupo 5: Obras Premiadas

A Literatura Infantil Hoje: Uma Introdução



  Os contos de fadas em sua origem não eram destinados às crianças. Segundo a pesquisadora Angêla Barbosa, os contos serviam para divertir os adultos e também como uma forma de alerta das classes populares, pois os contos mostravam as verdadeiras condições que grande parte da população vivia.
  A forma como a infância era concebida antes do século XVIII moldava essas narrativas que eram cheias de violência. Antes deste período não havia uma separação entre a infância e a idade adulta; a criança era vista como um adulto em miniatura. A partir dessa mudança de concepção de infância, passou-se a encará-la como um período em que o ser está em formação, assim, a forma de conceber a Literatura Infantil também se transformou.
  A produção literária voltada para o público infantil hoje, como bem aponta José Nicolau Gregorin Filho, não é um mero recurso pedagógico visando à moralização das crianças perante a sociedade burguesa e sim, possui uma função lúdica, catártica e libertadora, pois prepara o indivíduo para a vida em um mundo repleto de diversidades.
  Essa nova Literatura Infantil voltada para o universo e o cotidiano da criança, revelando seus medos e conflitos, é representada no Brasil por autores como Pedro Bandeira, Ana Maria Machado, Ziraldo, Carlos Queiroz Telles e muitos outros.
  A grande diferença entre o que se pode chamar de Literatura Infantil tradicional e esta que é produzida após Monteiro Lobato, é a de que não há mais a imposição de valores por meio da literatura. Há agora a necessidade de se dar voz à criança e adentrar-se em seu mundo interior.
  Pensando nestas questões e o universo do conto de fadas como literatura na atualidade, postaremos neste blog textos a respeito deste assunto.

REFERÊNCIAS
BARBOSA, A. M. D. T. Antigos contos, novas histórias na literatura infantil brasileira. In Revista Travessias, s/d. Disponível em: http://migre.me/5x56G
GREGORIN FILHO, José Nicolau. Literatura Infantil: múltiplas linguagens na formação de leitores. São Paulo: Melhoramentos, 2009.

Grupo 4: Contos de Fadas na Atualidade

Literatura para Jovens

  Definir "Literatura" é uma tarefa bastante difícil, o que dizer então de uma modalidade literária destinada especificamente aos jovens? 
  De maneira geral, a Literatura é, ou melhor, era dividida entre livros destinados ao público adulto e infantil. No segundo grupo, era possível encontrar desde obras com figuras para colorir, até produções com mais de 500 páginas. Devido a essa enorme diferença, a Literatura Juvenil surge para equilibrar as categorias, destinando seus livros a leitores em idade superior a dos dez anos, dependendo, é claro, da maturidade do leitor.
  Marcelo Buckowsk (2010), em "Literatura Juvenil no Brasil: algumas considerações", afirma que "uma literatura voltada ao jovem é necessária para suprir a vontade de leitura do sujeito que não mais se interessa pelas histórias infantis e ainda não se sente capacitado às leituras adultas". Partindo disso, podemos observar que a grande maioria das produções desta categoria fornecem temas cotidianos, como violência, drogas, sexo e relacionamentos, ligados a vida escolar e/ou familiar. 
  Os personagens apresentam personalidade, forma física e gostos semelhantes a da maioria dos pré-adolescentes, fazendo com que sintam-se familiarizados com os novos colegas de papel. Os protagonistas costumam vivenciar as mesmas situações dos jovens leitores. São sentimentais, tem problemas em casa e na escola e vivem em busca de algo que aparentemente não tem solução. Encontramos heroínas que procuram lidar com a numeração da calça jeans que aumentou após a primeira menstruação e vilões que nascem nos rostos dos meninos na entrada da puberdade. Os assuntos são normalmente difíceis para os pré-adolescentes comentarem com os pais e é nesse momento que os livros mostram suas habilidades. 
  A Literatura Juvenil "possibilita a união de diversas manifestações culturais, como o cinema, a música, os programas de televisão, que trazem os assuntos presentes na cultura juvenil" (Buckowsk, 2010), buscando integrar assuntos atuais no meio das narrações, fazendo com que os personagens dialoguem não apenas através da fala comum, como também através de recursos tecnológicos, como celulares, messengers e pagers. 
  Os autores de Literatura Juvenil buscam dialogar com os leitores, fazendo com eles se sintam confortáveis com a situação abordada. Os diálogos são próximos a oralidade e são frequentes dentro das narrações, que podem utilizar elementos fantasiosos e não apenas reais para chamar a atenção de seus jovens leitores.


REFERÊNCIA
BUCKOWSK, Marcelo. Literatura Juvenil no Brasil: algumas considerações. Programa de Pós-Graduação em Letras, Faculdade de Letras, PUCR. 2010. Disponível em: http://migre.me/5x2ac. Acesso em 20 de agosto de 2011.

Grupo 2: Literatura Juvenil

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Se as Coisas Fossem Mães - Sylvia Orthof

Se a lua fosse mãe, seria mãe das estrelas,
o céu seria sua casa, casa das estrelas belas.

Se a sereia fosse mãe, seria mãe dos peixinhos,
o mar seria um jardim, os barcos seus caminhos.

Se a casa fosse mãe, seria a mãe das janelas,
conversaria com a lua sobre as crianças estrelas,
falaria de receitas, pastéis de vento, quindins,
emprestaria a cozinha pra lua fazer pudins!

Se a terra fosse mãe, seria a mãe das sementes,
pois mãe é tudo que abraça, acha graça e ama a agente.

Se uma fada fosse mãe, seria mãe da alegria,
toda mãe é um pouco fada... Nossa mãe fada seria.

Se uma bruxa fosse mãe,
seria mãe gozada:
seria a mãe das vassouras, da Família Vassourada!

Se a chaleira fosse mãe, seria a mãe da água fervida,
faria chá e remédio para as doenças da vida.

Se a mesa fosse mãe,
as filhas, sendo cadeiras,
sentariam comportadas,
teriam “boas maneiras”.

Cada mãe é diferente: mãe verdadeira, ou postiça,
mãe vovó e mãe titia, Maria, Filó, Francisca,
Gertrudes, Malvina, Alice,
Toda mãe é como eu disse.

Dona Mamãe ralha e beija,
erra, acerta, arruma a mesa,
cozinha, escreve, trabalha fora,
ri, esquece, lembra e chora,
traz remédio e sobremesa ...

Tem pai que é “tipo mãe”...
Esse, então, é uma beleza!

  É uma poesia infantil que pode também ser encontrada em livros ilustrados, assim como a edição abaixo:


  É uma poesia feita para o público infantil, que é toda configurada a partir da palavra “Mãe”, que por sua vez é seu tema.
 
  A mãe é uma figura muito importante para seus filhos, independente se forem crianças ou não, mas na infância há uma dependência maior da mãe. A comparação da figura mãe com objetos e demais fenômenos da natureza ressalta o que “Mãe” significa, ou seja, uma mãe é a base para seus filhos, é quem aconselha, quem acompanha seus filhos e todas as demais ações de uma mãe para seus filhos. Outra interpretação para as comparações feitas na poesia, é que independente de como determinada mãe seja, ela sempre será mãe e a partir disso podemos dizer que é uma poesia que utiliza a figura maternal para tratar das diferenças sociais e ideológicas.

Grupo 3: Poesia Infantil

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Literatura Infantil Indígena - artigo de Gisele Massola

  O artigo intitulado "Caçadores de aventuras": meninos e meninas indígenas na literatura contemporânea é apresentado no link abaixo e foi escrito por Gisele Massola, Licenciada em História e Mestre em Educação pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Professora do Curso de Ciências Sociais (EAD) da Ulbra e da Unidade de Ensino Fundamental São Marcos (Ulbra). E publicado no simpósio Fazendo Gênero 9, Diásporas, Diversidades, Deslocamentos, da Universidade Estadual de Santa Catarina.
 
  O texto traz uma definição das principais características da literatura infantil indígena bem como as diferenças entre os personagens femininos dos masculinos apresentados nas obras - ponto em que a autora demonstra o didatismo destes textos. Ademais, o texto também apresenta as principais diferenças de histórias escritas por índios daquelas escritas por não-índios.

Link pde Gisele Massolaara o artigo "Caçadores de Aventuras"

 

Grupo 1: Literatura Infantil Indígena

Entrevista com Olívio Jekupé


      O video acima traz uma entrevista com escritor indígena Olívio Jekupé no qual ele fala sobre a importância das histórias orais e sua passagem para escrita, bem como a relação das crianças com o tema.

      O escritor, índio e nascido no paraná, pertence ao tronco Tupi-guarani. Tomou a frente de questões culturais indígenas e representa uma sociedade de tradição oral, sem escrita.

Grupo 1: Literatura Infantil Indígena

Novo Livro de Daniel Munduruku

 
Daniel é índio da nação Munduruku, por isso adotou o nome de sua tribo como escritor. O escritor também é formado em filosofia pela UNISAL (em Lorena) e é doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP).
     
Seu trabalho literário é muito reconhecido, pois sua versão infantil do livro Coisas de índio (Callis Editora) recebeu o Prêmio Jabuti. Além disso, Daniel é diretor-presidente do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual – INBRAPI, que defende o patrimônio cultural e os conhecimentos tradicionais dos povos indígenas brasileiros.   
 
Recentemente, o autor lançou o livro "Como surgiu - Mitos indígenas brasileiros" que conta histórias de tribos como Apinajé, Tembé e Caiapó.


Grupo 1: Literatura Infantil Indígena