quarta-feira, 30 de novembro de 2011

As princesas soltam pum?

No livro Até as princesas soltam pum de Ilan Brenman, a garotinha Laura procura o pai para sanar sua grande dúvida: as princesas soltam pum? O pai, diante do questionamento da filha, pega o livro secreto das princesas e conta para a filha o que ninguém sabia até então. Cinderela, Branca de Neve, a pequena Sereia, nenhuma delas escapa da revelação de seus maiores segredos. Mesmo sendo lindas princesas, elas sofriam com esses problemas gastro-intestinais.

Esta obra contemporânea aborda a questão da desconstrução de estereótipos criados pela sociedade e impostos desde cedo para a criança, neste caso especificamente em relação às meninas. A ideia que se tenta transmitir é a de que, se as princesas que  são vistas como ideais de beleza e perfeição possuem defeitos, uma menina que vive no mundo real deve aceitar que possui defeitos e aceitar o outro como alguém que também os possui. E mais do que isso, este livro mostra que todos nós temos necessidades biológicas e que devemos conviver bem com isso.
A relação entre pai e filha também quebra certos estereótipos de que as meninas só tiram suas dúvidas com a mãe.
Vale a pena conhecer esse livro de Ilan Brenman com ilustrações de Ionit Zilberman!
Para ler o livro acesse este blog:

Informações sobre o autor:
http://www.ilan.com.br/index.htm


GT - 4 Contos de fadas na atualidade

Kaká Werá Jecupé: uma importante personalidade indígena

Kaká Werá Jecupé é um importante nome da cultura e da literatura indígena, não só infantil. O escritor concedeu uma grande entrevista, na qual ele fala sobre sua vida e sua história, para o site "Museu da pessoa". Clique aqui e confira a entrevista na íntegra.
Na entrevista, é possível perceber as facetas de Kaká Werá Jecupé. O autor de "As fabulosas fábulas de Iauaretê", também tem uma grande preocupação com o meio ambiente e é presidente do Instituto Arapoty, no vídeo abaixo é possível conhecer mais sobre os projetos ambientais que ele coordena:


A preocupação ambiental não é o único foco do projeto que o escritor coordena, o Instituto Arapoty também possui uma preocupação cultural e literária. Assim, foi criado o projeto Fábulas de Iauaretê. O projeto é baseado no livro "As Fabulosas Fábulas de Iauaretê" e contempla palestra do escritor, contação de histórias da Cia Duberrô e oficinas culturais. No vídeo a seguir podemos saber um pouco mais sobre o projeto que nasceu na literatura infantil indígena: 



Grupo 1: Literatura infantil indígena

"As fabulosas fábulas de Iauaretê"- Kaká Werá Jecupé

Kaká Werá Jecupé nasceu em 1º de fevereiro de 1964, no distrito de Parelheiros, em São Paulo (SP), é de origem tapuia. Além de escritor, também é empreendedor social e fundador do Instituto Arapoty.

Kaká Werá Jecupé escreveu livros para o público adulto, para o público infantil escreveu "As fabulosas fábulas de Iauaretê" - a onça que virou guerreiro kamaiurá, casou com Kamakuã, a bela, que gerou Iauaretê-mirim, que perseguiu o pássaro Acauã para conseguir a pena mágica e voar até Jacy-Tatá, a mulher-estrela, senhora do segredo dos poderes dos pajés - e conta os melhores momentos de uma das mais divertidas lendas do ideário Guarani: as aventuras da onça Iauaretê e de seus filhos, Juruá e Iauaretê-mirim.  Além disso, as ilustrações foram feitas por e Sawara, filha de 11 anos do autor.  As fábulas da obra abordam temas como medo, coragem, dúvida, amor, morte, paz, oportunidade, erros e acertos que vivenciamos, divertindo e emocionando adultos e crianças.



Referências:


Grupo 1: Literatura infantil indígena

A lenda da Vitória-Régia

A literatura infantil indígena tem como um de seus pilares as lendas. Essas lendas, muitas vezes, são utilizadas pelas escolas para trabalhar  o imaginário infantil e disseminar a cultura indígena e, consequentemente, brasileira. Assim, é comum encontrar vídeos que contam essas lenda voltados para o público infantil. 
A lenda da Vitória-Régia é pertencente a cultura dos índios da Amazônia, pois a planta é típica da região. Apesar de algumas mudanças de enredo, as lendas têm a mesma essência: a índia que mergulha no mar para se aproximar da lua e acaba se transformando na planta. 
Essa lenda, que foi preservada no decorrer do tempo pela tradição oral dos índios, atualmente chega até nós e até nossas crianças por meio de vídeos, como os que seguem abaixo:



Grupo 1: Literatura infantil indígena

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O que faz um escritor ser consagrado?

Segundo Flory (2011), a tradição ou o cânone literário, onde se enquadram os escritores consagrados, é determinada por algum critério que considera uma obra ou um autor melhor que outros por apresentar um maior grau de representatividade de alguma tendência literária ou por atenderem os interesses dos críticos de literatura.

            O autor ainda diz que uma obra, ao passar de geração em geração deixando marcado na cultura um determinado momento histórico, também “forma uma tradição de obras e autores consagrados que devem ser lidos para se ter acesso a essa cultura” (FLORY, 2011, p.2). A partir desses critérios, o autor mostra que se origina um circuito fechado, em que “uma obra deve ser lida por que é parte do cânone, e é parte do cânone porque merece ser lida” (p. 2).

            Flory (2011) mostra que muitas vezes um cânone é aceito sem nenhuma justificativa, o que revela uma situação de imposição forçada. O autor revela sua assimilação com a concepção de cânone retratada por Candido (2006, p. 25-26):
 
Um sistema de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase (...) É uma tradição no sentido completo do termo, isto é, transmissão de algo entre os homens (...) E aos quais somos obrigados a nos referir, para aceitar ou rejeitar.

            Nesse sentido, alguns autores de literatura infantil atrelaram literatura e sociedade, deixando cristalizado, através de suas obras, tendências e mudanças de uma determinada época.



            No link acima é possível ter acesso ao blog “mediando” que apresenta uma lista de autores consagrados, que são trabalhados em sala de aula.                      


Referências

FLORY, A. V. Tradição e ruptura na narrativa brasileira. In: Literatura Brasileira: narrativa. Maringá: UEM, 2011.

postado por GT6: Autores consagrados da literatura infantojuvenil

domingo, 27 de novembro de 2011

Histórias em Quadrinhos e a Literatura Juvenil

Há quem discorde, mas, por que é correto afirmar que exista Literatura Juvenil em forma de “História em Quadrinhos”? Antes de mais nada, que tal ilustrar essa possível “verdade”, veja os exemplos a baixo:
 
 
Nos trechos acima, os textos lidam com relacionamentos pessoais que são abordados de maneira diferenciada devido ao público a qual se destinam. No primeiro caso, a tirinha da “Turma da Mônica” trás um pouco dos romances da infância, e o contraste entre os sentimentos das meninas e meninos; a segunda imagem pertence a “Turma da Mônica Jovem”, neste, vemos a malícia da juventude aflorando e a necessidade da personagem – assim como de muitos adolescentes – de afirmar que não é mais criança, que cresceu; no último, algo mais adulto surge, o ato sexual é evidente, e a linguagem é mais pesada, divergindo dos outros casos.
A Literatura Juvenil e/ou Infanto-Juvenil é um “ramo” literário, portanto, podemos catalogar textos líricos, épicos e dramáticos como Juvenis? Caso a resposta seja sim, como acredito ser, seria correto afirmar que esse ramo possui contos, crônicas, poesias, palestras, cartazes, reportagens e etc., não exclusivas, mas sim, especialmente destinadas para o público jovem? Portanto, se existem contos, crônicas, poesias, palestras, cartazes e reportagens juvenis, as histórias em quadrinhos também podem ser lidas como Literatura Juvenil?

Há muito a ser estudado sobre Literatura Juvenil, neste caso, qual a sua opinião e em quais pontos da postagem você se concorda e/ou discorda?

BREVE DIFERENÇA ENTRE TERMOS
  • Gêneros Literários - divisão referente ao conteúdo: dramático, lírico e épico. 
  • Tipologia Textual - à forma do texto: descrição, narração, dissertação, exposição, injunção, diálogo e entrevista.
  • Gêneros Textuais - podem ser literários ou não-literários: contos de fadas, biografias, romances, poesias, histórias em quadrinhos, reportagens, cartas, resenhas, palestras, artigos, receitas, bulas, etc.
Grupo 2: Literatura Juvenil

sábado, 26 de novembro de 2011

Série "Literatura em minha casa: meus primeiros contos"


Meus primeiros contos, também da série Literatura em minha casa, é uma antologia de contistas brasileiros, publicada pela Editora Nova Fronteira.
Ao contrário do que acontece em Contos Da Escola, esta obra apresenta grande disparidade entre os autores, ou seja, traz tanto contos de Guimarães Rosa e Machado de Assis – autores consagrados – como de Leo Cunha e Hebe Coimbra – nomes não tão conhecidos na literatura brasileira. Talvez a escolha dos contos se justifique pela qualidade deles, que, independentemente do prestígio de seus autores, são muito interessantes. Vale a pena ressaltar as enormes diferenças entre eles, seja pelo tema, pela extensão da narrativa, pela forma de narrar, pela linguagem ou pela forma como são estruturados.
O primeiro dos seis contos é O sabiá e a girafa. É perceptível a musicalidade que se estabelece no conto pela repetição de consoantes fricativas, que podem aludir ao próprio canto do sabiá: “Mas o sabiá da minha história não sabia avoar. Assobiar ele sabia. Mas, que mais batesse as asas, o sabiá não subia.” O conto, narrado em prosa poética, dá nome ao livro pelo qual Leo Cunha recebeu os prêmios: Bienal Nestlé, Jabuti e Ofélia Fontes – O Melhor para a criança – da FNLIJ em 1994.
A segunda história, Num pacato vilarejo (altamente recomendável pela FNLIJ), escrita por Hebe Coimbra, é construída em forma semelhante a de um poema, apresenta rimas e possui uma linguagem bem humorada.
A seguir o livro traz Fita verde no cabelo de Guimarães Rosa, considerada altamente recomendável pela FNLIJ pela riqueza simbólica, pela singular estrutura narrativa e pela linguagem inovadora – típica das obras do autor.
Chifre em cabeça de cavalo de Luiz Raul Machado, quarto conto da coletânea, recebeu o prêmio Orígenes Lessa – O melhor para o jovem –, da FNLIJ, em 1995. O conto é bastante criativo, faz referência e cita várias outras obras da literatura, tanto brasileira quanto estrangeira, como Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes e Memórias de Emília, de Monteiro Lobato.
A história que se segue é Um apólogo, de Machado de Assis. O conto é bastante curto e aborda as relações humanas por meio da personificação de uma agulha, uma linha e um alfinete: “... um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
– Anda, aprende tola. Cansas-te em abrir caminho para ela (a linha) e é ela que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
O último conto é Zoiúdo: o monstrinho que bebia colírio, de Sylvia Orthof. A autora, que já ganhou muitos prêmios com suas peças teatrais, aproxima o leitor por meio da narração em primeira pessoa, além de utilizar da metalinguagem: “Eu estava sentada ali, quando escutei uma voz, que vinha da ameixeira:
– Ei, Sylvia, você escreve uma história sobre mim? Escreve? Você escreve? Creve? Creve? Creve? Ve? Ê?
A palavra ia diminuindo de extensão, mas aumentando de chateação. Quem seria?”
Este trecho também nos permite observar o quanto a linguagem utilizada por Sylvia Orthof é simples e próxima ao cotidiano da criança e do jovem.
Meus primeiros contos, assim como os demais livros da série Literatura em minha casa, oferece rico material para as aulas de língua portuguesa e literatura. Cada conto deste livro, com suas extremas diferenças, é uma oportunidade para trabalhar a leitura deste gênero em sala de aula.

Grupo 5: Obras Premiadas

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Revista virtual de poesia infantil

O gênero poesia infantil possui muitas especificidades, no entanto, não é muito comum encontrarmos sites ou livros que abordam toda a complexidade da poesia infantil. É por esse motivo que se destaca o site Revista Tigre Albino, pois traz diversas postagens e entrevistas que abordam desde o que seja poesia, autores e a análises de poesias. É uma revista virtual que pode auxiliar desde alunos do ensino básico à alunos da graduação. Um dos artigos que se destacam nesta revista   é  Poesia e sensibilidade infantil de Maria da Glória Bordini.
Dentre os editores do site encontra-se o escritor Sérgio Capparelli, que escreveu diversas obras infantis e também é o autor do site Ciber & Poemas, que traz muitos exemplos de poesias visuais.
O "Tigre Albino" é um site de grande credibilidade, pois possui um conselho editorial reconhecido no meio literário e acadêmico: Blanca Roig da USC e da LIJMI, Espanha; Ezequiel Theodoro da Silva, da UNICAMP e da ALB, Brasil; Isabel Mocino Gonzales, da USC e da LIJMI, Espanha; Laura Sandroni, da FNLIJ, Brasil; Maria Antonieta Cunha, da PUC-MG, Brasil; Marisa Lajolo, da UNICAMP e MACKENZIE, Brasil; Silvia Castrillon, da Asolectura, Colômbia; Virgilio López Lemus, do ILL, FAyLUH e AC e ACC, de Cuba.


Grupo 3: Poesia Infantil

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Série "Rumos na Rede": Uma Impressão do Ciberespaço



       Atualmente, os adolescentes passam grande parte de seu tempo livre "online", navegando por sites diversos, ouvindo músicas, acessando redes sociais, jogos e etc. Nessa faixa etária, raros são aqueles que leem por prazer. 
Na grande maioria dos casos, a leitura de um texto literário é realizada por imposição da escola, e por isso, a série nacional "Rumos na Rede" busca inovar tanto na temática abordada, quanto na estrutura das obras, que apresentam-se assim como as páginas da web, diferenciando a leitura destes, de outros livros já conhecidos de literatura juvenil.
De acordo com a editora, "a série foi criada para oferecer ao jovem a possibilidade de refletir sobre importantes temas associados à vida no ciberespaço: dificuldade de estabelecimento de relações afetivas sinceras; distúrbios associados ao corpo; e perda de noção de limite entre certo e errado".
A partir da leitura dos livros, professores e alunos podem interagir com um blog online, no qual terão a possibilidade de trocar ideias com outros alunos e professores. É a "literatura de papel" que conhecemos tomando novos caminhos, abrindo novas possibilidades.
São três as obras pertencentes a coleção: O Colapso dos Bibelôs, de ÍndigoA Menina da Árvore, de Tati Bernardi; e Presas na Teia, de Rosana Hermann. No site, é possível saber mais sobre a proposta da série e de cada obra que a compõe e também se pode assistir aos vídeos com comentários das autoras a respeito da literatura e do mundo virtual.
Veja a seguir as capas e informações pertencentes a cada um dos textos da coleção. Boa leitura!

O Colapso dos Bibelôs, de Índigo
Coordenação de Maria Luiza Abaurre
Ilustrações: Weberson Santiago,Thiago Cruz e Klayton Luz 

O desespero de Danilo nos obriga a enfrentar uma incômoda questão: o que aconteceria se, de uma hora para outra, as tecnologias que facilitam a comunicação virtual parassem de funcionar?
O colapso ficcional criado na narrativa de Índigo revela o impacto dos meios de comunicação virtual no estabelecimento das nossas relações afetivas mais importantes. E nos leva a enfrentar o desafio de determinar se a tecnologia, hoje, controla as nossas vidas.


A Menina da Árvore, de Tati Bernardi
Coordenação de Maria Luiza Abaurre
Ilustrações: Weberson Santiago,Thiago Cruz e Klayton Luz

Como engolir o sofrimento diário? Como digerir a rejeição dos colegas? O que fazer quando o próprio corpo é seu maior inimigo? “Por que o mundo todo acontecia pra fora, enquanto ela só acontecia pra dentro?” Essas são algumas das perguntas que atormentam a vida de Antônia.
Em A menina da árvore, Tati Bernardi dá voz às angústias de uma adolescente, trazendo para o centro da cena narrativa os dramas da existência de alguém insatisfeito com a própria imagem, que luta para ser aceito por seus pares.


Presas na Teia, de Rosana Hermann
Coordenação de Maria Luiza Abaurre
Ilustrações: Weberson Santiago, Thiago Cruz e Klayton Luz
André é um adolescente como tantos outros, que enfrenta gozações diárias, tentando sobreviver a comentários que machucam mais do que agressões físicas. Quando sua masculinidade é questionada, decide fazer alguma coisa para conquistar o respeito dos colegas. Como poderia imaginar, porém, que a divulgação de uma foto teria consequências tão sérias?
Em Presas na teia, Rosana Hermann tece vários fios narrativos para contar a história desse adolescente que, sem se dar conta dos limites entre público e privado, vê-se enredado em uma teia de dilemas éticos.


REFERÊNCIA

Rumos na Rede. Disponível em: www.modernaliteratura.com.br/rumosnarede
Acesso em: 23 de novembro de 2011.

Grupo 2: Literatura Juvenil

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Série "Literatura em minha casa: Contos da Escola"


     O terceiro livro que compõe a coleção Literatura em minha casa é o Contos Da Escola. Composta por contos de grandes autores como Lygia Fagundes Telles, Carlos Heitor Cony, Moacyr Scliar e Pedro Bandeira, a obra viaja na memória dos autores, retratando suas experiências durante a época em que eram estudantes.
     Os oito contos presentes no livro narram sobre o primeiro dia de aula, o novo aluno da turma, o susto ao ser surpreendido com cola, apresentações musicais, dentre outros. Ao que parece, todos os contos foram escritos especialmente para esta publicação e, diferentemente de outras obras que compõem a coleção, não receberam prêmios ou foram indicados por fundações.
     Apesar de ser escrito por grandes autores, os textos não passam de simples narrações de fatos ou experiências de personagens infantojuvenis, em alguns casos com tom memorialista. Não apresentam nenhum grau de complexidade e, em sua maioria, são essencialmente utilitários, com ideias clichês, como acontece no final do conto de Moacyr Scliar, A voz da consciência e outras vozes, em que o protagonista é um menino novo na escola – não por acaso chamado Edmundo -, que é antipático e muito prepotente; ao se aproximar a data da prova de matemática, todos os alunos se reuniram para estudar em grupo, mas Edmundo preferiu não estudar, disse que não precisava. Ele contratou então um técnico para que fizesse um aparelho através do qual passasse todas as respostas da prova, porém, para se vingar da maneira como Edmundo tratava a todos na escola, o rapaz não passou a cola. O conto termina “E, apesar do que dizia minha avó, podemos, sim, ouvir muitas vozes neste mundo. Inclusive a voz da consciência” (pág. 46).
     Como sabemos, Literatura em minha casa é uma coleção distribuída pelo MEC e, segundo afirma o próprio PNDE “A ideia do programa foi incentivar a leitura e a troca dos livros entre os alunos, além de permitir à família do estudante opção de leitura em casa. As escolas também receberam quatro acervos para sua biblioteca." (*). Mas até que ponto essa ação realmente influencia a leitura por parte dos alunos? Segundo Rodrigues, Mártir e Araújo (**), muitas são as críticas ao programa, pois não se pode afirmar que a posse de um livro determina a formação de um leitor. Sem contar a facilidade em se encontrar livros dessa coleção em vários sebos espalhados pelo país.
     Independente disso, a forte intenção de resultado positivo se marca também pela escolha dos temas de cada obra. Contos da Escola, por exemplo, traz a temática escolar, muito próxima da criança, atuando como motivação para a leitura. Além disso, contribui fortemente para o conhecimento de grandes escritores, pois antes de todo conto há uma breve bibliografia de cada autor – todas escritas por Ruth Rocha-, sempre com foco para sua época de estudante.
     Devemos considerar também o trabalho que a escola e o professor faz junto ao aluno com o material distribuído, mesmo não sendo seus textos indicados ou premiados, como é o caso de Contos da Escola, pois é possível que sem o trabalho conjunto desses três eixos, o projeto realmente não forme bons leitores, ou seja, capazes de depreenderem os vários efeitos de sentido de um texto e saber criticá-lo. 
 
Notas:

* http://www.fnde.gov.br/index.php/be-historico - Acesso em 22/11/11.
** http://coopex.fiponline.com.br/images/arquivos/documentos/13.pdf - Acesso em 22/11/11.


postado pelo Grupo 5 - Obras premiadas

domingo, 20 de novembro de 2011

Vinicius de Moraes

A Arca de Noé

Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.

O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.

E abre-se a porta da arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca.

Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.

Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: “Boa terra
Para plantar minhas vinhas!”

E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.

Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.

E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.

Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora as cabeças botam.

Grita a arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.

A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.

Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.

Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pêlo
Pela terra prometida.

"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre - "Não!"

Afinal com muito custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.

Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.

Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista...

Na serra o arco-íris se esvai...
E... desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória.

Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.

Biografia

Marcus Vinicius da Cruz Mello Moraes, conhecido popularmente como Vinicius de Moraes, nasceu em 1913, no Rio de Janeiro. Interessava-se por música e literatura desde a infância, provavelmente influenciado pelo constante contato com tais artes, pois seus pais eram músicos amadores e, além disso, seu pai era poeta. 
Estudou numa escola de padres – Santo Inácio – e aí formou-se em Letras. Bacharelou-se em Direito – Faculdade do Catete -, em 1933. No ano de 1938, ganhou uma bolsa para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford, da qual retorna em 1939.
Esse consagrado artista brasileiro tinha inúmeros talentos: era poeta, compositor, dramaturgo, jornalista e foi também diplomata. Deixou uma extensa obra, principalmente na literatura e na música brasileiras. No cenário musical fez diversas parcerias famosas com Tom Jobim, Toquinho, João Gilberto e Chico Buarque. 
Vinicius de Moraes, era um exímio apaixonado, casou-se oito vezes: em 1939, com Beatriz Azevedo de Mello, com quem teve dois filhos (Suzana e Pedro); em 1951, com Lila Maria Esquerdo e Bôscoli com quem teve duas filhas (Georgiana e Luciana); em 1958, com Maria Lúcia Proença; em 1961, com Nelita Abreu Rocha; com Cristina Gurjão, em 1969; com a atriz Gesse Gessy, em 1971, com a qual tem uma filha (Maria); com Marta Rodrigues Santamaria, em 1976; e, finalmente com Gilda de Queirós Mattoso em 1978, com quem permaneceu até a morte por edema pulmonar, em 1980.
 No ano de seu falecimento foi produzido e exibido o Musical A arca de Noé pela Rede Globo, inspirado no livro homônimo, muito famoso, que é direcionado para o público infantil.

Em parceria com Toquinho, fez compôs uma música que ficou marcada na memória dos brasileiros, pois foi usada no comercial (em diversos anos diferentes) do lápis de cor da marca Faber Castell.




Referências


MORAES, Vinicius. A Arca de Noé: poemas infantis. 14.ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/10918

postado por GT6 - Autores Consagrados na Literatura Infantil

Segundas Intenções, com Pedro Bandeira


O premiado escritor Pedro Bandeira, com mais de 70 livros publicados, foi o segundo convidado do ciclo de palestras Segundas Intenções promovido pela SP Leituras para funcionários de equipamentos culturais e demais interessados nos temas programados para bate-papos mensais na Biblioteca de São Paulo. A palestra foi realizada em Junho de 2011. Assista abaixo a edição compacta completa em 3 partes:




REFERÊNCIAS

Segundas Intenções - Pedro Bandeira – Parte 1
www.youtube.com/watch?v=3LMF3dNJYTQ
Segundas Intenções - Pedro Bandeira - Parte 2
www.youtube.com/watch?v=YqmmCOaQSAg
Segundas Intenções - Pedro Bandeira - Parte 3

Grupo 2: Literatura Juvenil

sábado, 19 de novembro de 2011

Para entender a ilustração infantil: dicas de leitura




Livro: O que é qualidade em ilustração no livro infantil e juvenil - com a palavra o ilustrador.

O livro reúne pela primeira vez alguns dos nomes mais representativos da ilustração no livro infantil e juvenil do Brasil e de Portugal, que, em harmonia com os objetivos do projeto, demonstram que a arte produzida para crianças e jovens não é "menor" do que a produzida para adultos, pois é de outra natureza, com categorias próprias e um contrato de comunicação peculiar. Por meio de artigos, depoimentos e imagens, trazem para o leitor seus conhecimentos teóricos e experiências, de forma clara, didática e ao mesmo tempo profunda, fornecendo um instrumento de pesquisa ao alcance dos interessados no assunto. O livro é dividido em duas partes: uma de artigos, organizados numa sequência que facilita a compreensão e a visão de conjunto dos temas, outra de depoimentos, em que os ilustradores respondem à pergunta: "O que é qualidade em ilustração no livro infantil e juvenil?". Artigos e depoimentos são seguidos de imagens produzidas pelos autores. Há ainda um depoimento da programadora visual do livro, esclarecendo como foi o processo de idealização do projeto gráfico. - Fonte da sinopse: http://www.2ab.com.br/o-que-e-qualidade-em-ilustracao-no-livro-infantil-e-juvenil-com-a-palavra-o-ilustrador-p449/

Blog: Dez ilustradores geniais de livros infantis - Postagem em blog apresentando 10 feras internacionais da ilustração, não apenas de livros infantis.

Artigos:

Entre a ilustração e a palavra: buscando pontos de ancoragem - As reflexões contidas no artigo são produtos de estudos iniciais da pesquisa “Produção de sentido e a interação texto-leitor na literatura infantil”, iniciada em março de 2003, na UCS, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS). As autoras - Flávia Brocchetto Ramos e Neiva Petry Panozo - consideram que o conceito de texto ultrapassa os limites do código verbal e isso pode ser percebido na literatura infantil, universo em que palavra e ilustração não podem ser dissociadas uma da outra, pois ambas as linguagens são constituidoras de um único texto e objeto artístico: o livro infantil.

A importância do trabalho educativo com ilustrações de livros de literatura infantil - O artigo de Fabiano Colombo (Unesp, câmpus de Marília/SP) discute a importância da ilustração para o letramento infantil e, para isso, realiza cinco oficinas com crianças, no ambiente escolar, com o objetivo de vivenciar as contribuições que as ilustrações trazem ao processo de ensino/aprendizagem.

Explorando as ilustrações de livros infantis: suas possíveis leituras - Artigo de Anelise Zimmermmann (UDESC). Resumo da autora: No livro infantil, muitas vezes as ilustrações são consideradas meros elementos decorativos, servindo apenas de auxílio às palavras. Com isso, a participação dessas imagens na construção das histórias é reduzida, quando não completamente ignorada. Perde-se assim uma importante possibilidade de trabalhar-se o estímulo da leitura visual infantil a partir do livro. Este, entretanto, pode ser usado como um importante instrumento na educação visual da criança, visto que, entre outros fatores, suas características físicas permitem uma observação pausada ao leitor, oferecendo-lhe o tempo que desejar para a reflexão. Além disso, o livro já faz parte do ambiente escolar, o que possibilita uma proximidade com seu público. Sugere-se então, que sejam empregadas as ilustrações de livros infantis em atividades que envolvam a leitura crítica de imagens, seguindo uma abordagem fundamentada na semiótica discursiva buscando, com isso, formar leitores capazes de ler tanto textos verbais, como visuais.

O poder da ilustração no livro infantil. Poeta da imagem, o ilustrador olha seu objeto, que concentra um gesto, construindo um espaço singular de representações. São fragmentos do mundo em seu vai-e-vem, muitas vezes estabelecendo uma relação semântica, ligando partes, unindo situações, outras vezes, distanciando-se do texto para assumir um outro olhar. Mas de qualquer forma, esses fragmentos do espaço visual, da situação (do que deseja recortar) que estabelecem por meio do olhar um diálogo, um atravessamento do pensamento, da palavra, do traço. A ilustração é, então, um signo-pensamento, espécie de poesia. - Trecho do breve artigo de Rodrigo da Costa Araújo (UFF/Fafima) para a revista virtual P@artes.

postado por: prof. Marciano Lopes

Uma fada no mundo moderno


Pobre Maria do Céu, uma fada “aposentada” que volta à terra, no mundo atual, descobre que as pessoas não usam mais a imaginação porque  foram inundadas pelo consumismo. E até que "os pequeninos", de coração puro, não conseguiam detectar uma fada e a sua capacidade de realizar todos os seus desejos.

“ Pensou e viu que só se pode ser fada na Terra.
  Ser idéia no céu não adianta nada.
  É como ser homem sem corpo na Terra."



O que seria do mundo sem imaginação? Para algumas pessoas essa indagação é desnecessária, elas nem sabem o que é imaginação, e muito menos como e onde ela está, e pode ser usada. O livro Onde tem fada, tem bruxa  vem nos mostrar exatamente isso.


“Ela foi para o azul

Fez nuvem com seu vestido,
colou sua estrela perto das que lá brilhavam.
Seu chapéu, ela deu de presente para menino que por ali passeava... (só em
sonho) E virou idéia. Isso faz tantos anos!..."

A linguagem que hoje permeia o mundo infantil nada mais é do que uma indução ao consumismo. Basta olharmos para as vitrines: sapatos, roupas, internet e a alimentação das crianças; são cópias fiéis dos itens essências dos adultos. Não estamos distantes da sentença de que as crianças são adultos em miniatura. Na obra podemos ver a premissa de que as  crianças são induzidas ao consumismo e carregam a transformação de valores impostos pelo universo adulto, dessa forma, é prova de fogo despertar o interesse das crianças, já que há milhares de atrativos que distorcem sua atenção e impedem de vivenciar e explorar o colorido e abundante  mundo infantil que deveria  permeá-los - cheio de simplicidade e encanto. “Onde tem fada tem Bruxa” mostra que é possível  atravessar a densa camada de barreiras entre os dois  mundos (adulto e infantil). Dessa forma o autor demonstra que a criança também tem o livre arbítrio de se pronunciar diante dos seus desejos e que eles são plausíveis.

Além da protagonista, podemos ver outros personagens emblemáticos na obra: os mágicos, espécies de bruxos e bruxas (pessoas adultas que não mais conseguiam sonhar, fantasiar) trocam seus sonhos, desejos e fantasias por coisas materiais, palpáveis; os meninos: vivem submissos aos poderes e universo dos adultos, onde seus sonhos estão soterrados por uma opinião de valores sociais ditados pela sociedade.

A obra faz uma crítica ao consumismo. Há um momento na narrativa em que a fada, sem nada para fazer, apenas fica observando a cidade e, por meio de sua observação, as crianças vão mostrando o seus desejos, ainda  que de forma tímida e reprimida, por estarem moldadas pelo sistema capitalista. Ainda assim, regido pelo adulto, este impedia os pequenos de viverem plenamente com liberdade, observe este trecho:


- Eu quero uma cama para dormir. Sem cama não posso pedir sonhos.
Os meninos calaram...
 A fada, assustada, olhou no coração da menina e viu a esperança balançando.
Com gesto preciso, fez surgir, no centro da praça, uma cama de madeira
polida e mais um colchão de algodão macio.
- É sua-disse a fada.
A menina, olhando de longe e com medo daquela verdade, respondeu:
- Não quero mais. Não tenho casa para guardar a cama.
A fada, sem vacilar, continuou seu trabalho, fazendo nascer, nomeio da
praça, uma casa, com janelas para os quatro cantos do mundo! E dentro da
casa, a cama.
A alegria engoliu os meninos, que dançavam roda em volta da casa, olhavam
pelas janelas, subiam no telhado, fingiam sono sobre a cama.”
 Com gesto preciso, fez surgir, no centro da praça, uma cama de madeira polida e mais um colchão de algodão macio.
    É sua-disse a fada.
    A menina, olhando de longe e com medo daquela verdade, respondeu:
   Não quero mais. Não tenho casa para guardar a cama.
   A fada, sem vacilar, continuou seu trabalho, fazendo nascer, nomeio da  praça, uma casa, com janelas para os quatro cantos do mundo! E dentro da casa, a cama.
   A alegria engoliu os meninos, que dançavam roda em volta da casa, olhavam pelas janelas, subiam no telhado, fingiam sono sobre a cama.”

Diálogo entre o autor e a obra : Bartolomeu Campos de Queirós e “Onde tem Bruxa tem fada”.

O autor acredita  que por meio da fantasia  a criança  explica o mundo que a cerca, no entanto,  em inúmeras vezes isso gera complicação, já que muitas vezes isso  se torna um empecilho para elas, devido aos limites existentes no seu cotidiano.
Bartolomeu sensibiliza o mundo infantil em sua obra, dando poder à imagens a fim de descobrir mistérios ocultos em que a imaginação e fantasia são seus alvos. Para ele a imaginação e fantasia são primordiais, bem como a poesia presente em seus livros, desperta a leitura de um leitor que precisa de uma linguagem rica para poder descobrir o que há por trás do texto literário. A obra do escritor é detentora de uma grande ludicidade, capaz de envolver seu leitor. As crianças, acostumadas a viver em um mundo controlado , nem sabem mais identificar seus desejos. Dessa forma, infere-se, que o texto seja uma crítica levemente ácida ao mundo moderno, mas mostra também que nos sonhos as crianças sabem que a fantasia é altamente necessária, que o encantamento deve e pode estar vivo, assim como o autor reconhece.

A vez do autor

"Nascido em Pará de Minas, Minas Gerais, em 1944, Bartolomeu Campos Queirós é autor de vários livros para crianças, de peças teatrais e textos sobre arte-educação. Teve o seu primeiro livro, OPeixe e o Pássaro, publicado em 1971. Depois vieram  Pedro, OndeTem Bruxa Tem Fada, Faca Afiada, Ciganos, Flora, Indez, Correspondência, Cavaleiros das Sete Luas, Por Parte de Pai, entre outros. Recebeu os mais significativos prêmios no Brasil pelo seu trabalho literário: Selo de Ouro da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, Prêmio Bienal Internacional de São Paulo, Prêmio Prefeitura de Belo Horizonte, O melhor para Jovem, Prêmio Jabuti daCâmara Brasileira do Livro, Grande Prêmio da APCA — Associação Paulista dos Críticos de Arte, Prêmio Orígenes Lessa — Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, Diploma de Honra do IBBY, Quatrième Octogonal — França, Rosa Blanca de Cuba, Bienal deBelo Horizonte.Bem-humorado, apreciador do silêncio, Bartolomeu costuma dizer: 'Sou frágil o suficiente para uma palavra me machucar,como sou forte o bastante para uma palavra me ressuscitar'."


Confira também a entrevista com Bartolomeu Campos Queirós acessando o link http://migre.me/6csA1

 
Referências: 
DUTRA, Leidenaide SILVA, Vaneide Lima, A prosa poética de Bartolomeu Campos de Queirós : leitura de Onde tem bruxa tem fada.Coordenação de Pesquisa e Extensão – COOPEX , 2010.
QUEIRÓS, Bartolomeu Campos.  Onde tem bruxa tem fada... São Paulo: 
Moderna, 2002
MICHELLI, Regina Silva, A fada: presença na literatura infanto-juvenil brasileira 
contemporânea,  Rio de Janeiro.


postado por GT4: Contos de Fadas na atualidade