Com o surgimento da
imprensa no Brasil, fato ocorrido com a vinda da família real, deu-se a
impressão dos primeiros livros destinados às crianças e a criação da Biblioteca
Nacional; o primeiro livro publicado tem por título As aventuras do barão de
Münchausen e Leitura para meninos, do Senador José Saturnino da Costa
Pereira. Por meio de histórias de cunho moral, o livro trazia ensinamentos
sobre geografia, cronologia, história de Portugal e história Natural.
A poesia na época
do império tinha um caráter essencialmente moral e como característica um adultocêntrismo na voz
temática poética.
Podemos citar aqui o soneto Amada
Filha de Alvarenga Peixoto, escrito para filha Maria Ifigênia e o poema
Conselhos a meus
Filhos de Bárbara Heliodora, os quais possuem a característica que será
predominante nas poesias infantis brasileiras até a primeira metade do século
XX: a voz poética de um adulto dirigida a um leitor infantil, sempre com o
objetivo de valor moral. Destacamos também o poeta Casimiro de Abreu, que ganhou
uma publicação atual do poema Meus oito anos datado de 1859.
A poesia infantil,
no Brasil, surge em consonância com a escola, as temáticas abordadas eram
ditadas pelo governo com o objetivo de significar o ensino do Português e
sensibilizar as crianças quanto ao trabalho e valores morais da época.
Foi na década de 60
que a poesia infantil, através das poesias
de Cecília Meireles, começou a adquirir contornos infantis com questões
relacionadas à criança. Cecília trás para a poesia infantil a musicalidade e,
muito embora em alguns de seus poemas estejam presentes os elementos
linguísticos reforçadores da aprendizagem da língua, desvela o olhar para a
ligação entre o ser e as coisas. Seus poemas também não se
restringem à leitura infantil, permitindo diferentes níveis de leitura. Desta
forma, o chamado “universo infantil” passa a ter uma voz lírica, um contorno
próprio para as crianças - e, com isso, os ensinamentos moral e cívico dão lugar ao
sentimento de criança, ao inusitado e ao lúdico representado por sons e imagens.
A década de 60 foi um período de fortes mudanças no que tange à política do país e, consequentemente, a escola passa também por transformações, entre elas, surge a obrigatoriedade de inclusão de textos literários para o ensino de Língua portuguesa nas escolas. Em consequência ou aproveitando-sse da oportunidade, eis que surge uma literatura distinta, ou seja, uma literatura infantil destinada especificadamente às crianças. Como resultado desta obrigatoriedade, surge também um grande questionamento: a que área pertence a poesia infantil, à Literatura ou à Pedagogia? Parece-nos adequado classificá-la nas duas categorias, uma vez que cumpre o papel de desenvolvimento segundo parâmetros educacionais e pessoais, adquiridos por meio da exploração de sentidos e do exercício da imaginação, pautados pelo destaque do belo.
A década de 60 foi um período de fortes mudanças no que tange à política do país e, consequentemente, a escola passa também por transformações, entre elas, surge a obrigatoriedade de inclusão de textos literários para o ensino de Língua portuguesa nas escolas. Em consequência ou aproveitando-sse da oportunidade, eis que surge uma literatura distinta, ou seja, uma literatura infantil destinada especificadamente às crianças. Como resultado desta obrigatoriedade, surge também um grande questionamento: a que área pertence a poesia infantil, à Literatura ou à Pedagogia? Parece-nos adequado classificá-la nas duas categorias, uma vez que cumpre o papel de desenvolvimento segundo parâmetros educacionais e pessoais, adquiridos por meio da exploração de sentidos e do exercício da imaginação, pautados pelo destaque do belo.
Para encerrar este post, é importante citar
nomes como Vinicius de Moraes, Manuel Bandeira, Manoel de Barros, Maria
Dinorah, uma vez que, contribuíram com o cenário da poesia infantil brasileira,
utilizando-se de linguagem adequada e voltada às especificidades da criança,
proporcionando-lhes a possibilidade de imaginação.
Acesse o poema Conselho
a meus filhos e outros da época em:
"Os
poetas que escrevem para as crianças não precisam necessariamente ter o
objetivo de educá-las ou de proporcionarem a elas juízos de valores para a
construção de sua personalidade e de seu caráter, mas entendemos que é
possível, por meio da poesia infantil, potencializar na criança, além de sua
capacidade de brincar, de imaginar, de fantasiar, de sonhar, também, a sua
necessidade de agir e descobrir na sua própria ação o sentido da vida." (MARQUES, 2010)
Referência
MARQUES, José Luiz. A poesia infantil na escola.
http://www.pedagogia.com.br/artigos/poesiainfantil/index.php?pagina=0 - acesso em 21/09/2012
http://www.pedagogia.com.br/artigos/poesiainfantil/index.php?pagina=0 - acesso em 21/09/2012
http://www.uneb.br/salvador/dedc/files/2011/05/Monografia-MARIA-FERNANDA-VIEIRA-ROSA.pdf - acesso em
20/09/2012
GT1 - Poesia Infantil
Nenhum comentário:
Postar um comentário