Histórias fabulosas sempre foram contadas pela humanidade. Os contos de fadas são narrativas curtas que tem por objetivo transmitir conhecimentos e valores culturais por meio da fantasia. A finalidade desses contos é educar, passar uma “lição de moral”. Com uma linguagem simples e transparente são, geralmente, destinados às crianças, mas leitores de todas as idades são atraídos por eles.
Contudo, as histórias populares que deram origem aos contos de fadas não eram originalmente feitas para crianças e seu foco não era o ensinamento da conduta moral. Eles abordavam doses fortes de adultério, incesto, canibalismo e mortes hediondas. Foi Charles Perrault, na França do século XVIII, quem deu início ao que hoje se denomina “literatura para crianças e jovens” (ALBERTI, 2006), gênero que floresceu no século XIX com o Romantismo.
Contudo, as histórias populares que deram origem aos contos de fadas não eram originalmente feitas para crianças e seu foco não era o ensinamento da conduta moral. Eles abordavam doses fortes de adultério, incesto, canibalismo e mortes hediondas. Foi Charles Perrault, na França do século XVIII, quem deu início ao que hoje se denomina “literatura para crianças e jovens” (ALBERTI, 2006), gênero que floresceu no século XIX com o Romantismo.
Mesmo se tratando de narrativas que contam histórias ficcionais e fantasiosas, o leitor/ouvinte encontra relações com a realidade do seu cotidiano, uma vez que o gênero apresenta conflitos comuns a todos, independentes da cultura (tais como conflitos familiares relativos à formação da personalidade e à passagem para a vida adulta), o que lhe garante uma universalidade. Dessa forma, o gênero conto de fadas “abre as portas” para o mundo literário infantil e contribui para o “crescimento intelectual e afetivo dos pequenos leitores” (ALBERTI, 2006).
Os novos contos de fadas ganharam espaço em séries de TV, filmes e livros. Um exemplo é a história de Chapeuzinho Vermelho que em sua nova versão, também em filme, se chama “A garota da capa vermelha”. Neste ano, duas novas versões para o clássico “A Branca de Neve” apareceram nos cinemas. São elas: “Espelho, espelho meu” e “A Branca de Neve e o caçador”.
Em “Espelho, Espelho meu”, o rei (Sean Bean) morre e sua esposa
(Júlia Roberts) assume o trono. Para manter uma rotina de ostentação, ela
aumenta o preço dos impostos e a frequência com que são cobrados. Além disso,
ela mantém a princesa, sua enteada, Branca de Neve, presa no castelo e faz com
que todos acreditem que ela é incapaz de assumir o trono, pois é uma “menina
tola”. Ao completar 18 anos, Branca de Neve resolve sair do castelo para
conhecer o reino e se depara com um povo pobre e triste. Ela decide recuperar
seu lugar no reino e, para isso, contará com a ajuda dos anões e do príncipe.
“Espelho, Espelho meu” traz uma rainha falida e desesperada para
conquistar o príncipe encantado, anões ladrões e uma princesa que luta para
devolver a alegria para seu reino. Com essa releitura de um dos mais populares
contos de fadas, a diversão é garantida.
A outra versão recentemente adaptada
do clássico conto de fadas é “A branca de Neve e o Caçador”. No filme, Branca
de neve (Kristen Stewart) ameaça o posto da Rainha (Charlize Theron) como
mulher mais bela da terra. Isso deixa a Rainha enfurecida e ela ordena que o
caçador (Chris Hemsworth) mate a jovem. Mas ele não cumpre a ordem e
transforma-se no defensor de Branca de Neve. Assim começa a aventura. O clima
épico de ação e aventura predomina nessa adaptação.
Trailler de “A Branca de Neve e o Caçador”.
Direção: Rupert Sanders / Gênero: aventura / Duração: 127 min. / Elenco: Kristen Stewart, Charlize Theron, Chris Hemsworth, Bob Hoskins, Ray Winstone, Ian McShane, Ooby Jones, Nick Frost, Sam Claflin, Eddie Marsan, Lily Cole, Vicent Regan.
Com o
exposto, percebe-se que o Cinema apropria-se da literatura, porque ela “é um
sistema ou subsistema integrante do sistema cultural mais amplo, que permite
estabelecer relações com outras artes ou mídias” (CAMARGO apud CURADO, 2007, p.
1).
Autores de literatura não escrevem pensando em um roteiro
cinematográfico, mas, sua transformação em cinema se caracteriza pela relação
entre as mídias “a qual dá espaço a interpretações, apropriações, redefinições
de sentido” (CURADO, 2007, p.2), ou seja, basear-se em obras prontas, atribuir
novas versões e, dessa forma, cria-se uma nova obra a partir da original, que
permite o acesso à obra a quem não tem acesso à versão tradicional dos
grandes escritores e também pode ser um recurso para instigar a
curiosidade e despertar o interesse pela leitura.
Para
quem prefere a tradição, segue o desenho original de “A Branca de Neve”:
Referências:
ALBERTI, B. Patrícia. Contos de fadas tradicionais e renovados:
uma perspectiva analítica. Dissertação apresentada ao Programa de pós-graduação
em Letras e Cultura Regional. Caxias do Sul, 2006.
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Imagens:
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Contos de Fadas na atualidade.
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