O
autor depois de situar o contexto problemático da educacional brasileira aponta
o ensino de teatro como uma excelente contribuição para tornar as aulas mais
interessantes e atrativas. E aponta que o teatro escolar não pode ser utilizado
somente para datas comemorativas, senão não passa de um mero divertimento.
Os benefícios da
atividade teatral na escola estão “na
utilização de jogos teatrais que liberam a criatividade, promovem o trabalho em
equipe, melhorando, assim, o relacionamento entre os alunos, despertam os
sentidos, estimulam o raciocínio rápido, enfim libertam o aluno preparando o
caminho para que o mesmo possa fazer um trabalho de descobertas, de
experimentação e criação, que pode melhorar, em muito o rendimento dos alunos e
das aulas, independente da disciplina” (RIBEIRO, 2004, p.68).
Ainda,
acreditamos que o teatro aflora as atividades comunicativas nas crianças, inibe
a vergonha e auxilia nos processos de compreensão/interpretação de textos
diversos, verbais, imagéticos ou em movimento, já que, segundo Ribeiro (2004,
p. 69), é por meio de brincadeiras realizadas pelas crianças na tentativa de
representar seu universo, que elas constroem símbolos de sua representação de
mundo.
Ingrid
Koudela (1984) considera que o teatro possui imensa importância na promoção do
desenvolvimento intelectual, social e afetivo da criança. Nessas condições,
ressaltamos também o desenvolvimento cultural que o teatro pode proporcionar,
pois, na atualidade, há inúmeras críticas de que nossos alunos não conhecem as
obras clássicas, nem reconhecem o valor da cultura nacional.
Ribeiro
mostra que a inserção do ensino das artes, da educação física e da música só
foi possível a partir do final da década de 1920 pelo movimento da Nova Escola
que permitiu mudanças nos programas escolares. O modelo da Nova Escola, de
concepção progressista da educação, enfrentou muita resistência até sua
consolidação, apontando para a expressividade da criança como foco e
possibilitando a compreensão e respeito ao seu processo de desenvolvimento.
Apesar disso, mesmo na atualidade não é difícil encontrar educadores, de
mentalidade arcaica e limitada, que não compreendem o valor dessas disciplinas
na educação (RIBEIRO, 2004, p.70).
Referências
KOUDELA,
Ingrid. D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1984.
RIBEIRO.
Juscelino B. A contribuição do teatro à educação. In: Irley MACHADO,
Narciso TELLES, Paulo MERISIO e Renata Bitercourt MEIRA (org.). Teatro:
ensino, teoria e prática. Uberlândia: Edufu, 2004.
GT 4 - Literatura infantojuvenil, teatro e música
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