"Finalmente um livro onde Branca de Neve, Bela Adormecidda e Cinderela ganham voz e narram, com as próprias palavras, suas míseras vidinhas. Engana-se quem pensa encontrar neste relato donzelas sonhadoras. Branca de Neve acaba de ser expulsa de Weitenburg. Vive como serviçal numa choupana nos confins da Floresta Negra. Talia, hoje conhecida pelo mórbido apelido de Bela Adormecida, está prestes a completar dezesseis anos, espetar o dedo numa roca e cair em sono profundo. Annette, injustamente apelidada de Cinderela (""a suja de cinzas"") vive num estado de decadência atroz. Sai última esperança está num baile populista. Enclausurada, cada uma por um golpe do destino, elas mantém uma correspondência frenética e desesperada."
O trecho acima pertence ao livro "Caixinha de Madeira" da escritora Indígo, pseudônimo de Ana Cristina Ayer de Oliveira, uma escrita paulista de literatura infanto-juvenil. Juntamente com "O livro das cartas encantadas", as duas obras deram origem a peça teatral "Era uma vez, cartas em cena" exibida no Espaço SESC, no Rio de Janeiro em julho deste ano.
Com direção de Adriana Maia, as atrizes Carolina Piccolo, Dadá Maia, Gabriela Estevão e Stella Brajterman, se vestem de Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida e Fada Gwenyhfar, fazem uma roda, trocam cartas e revivem os contos de fadas. As histórias perduram magicamente por gerações e gerações, de forma como se todos os eventos acontecessem nos dias atuais, levemente criticando o universo e o momento atual das mulheres.
Carolina Picolo, Stella Brajterman e Gabriela Estevão em "Era uma vez, cartas em cena" |
Segundo a autora, a peça fala sobre a amizade entre meninas, rivalidades, camaradagem e picuinhas. E ao trazer Branca de Neve, Bela Adormecida e Cinderela para os dias atuais, a peça reacende a memória destas personagens. No entanto, ela não as traz estereotipadas, revelando ser este um dos grandes diferenciais tanto dos livros quanto da peça teatral.
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Grupo 4: Contos de Fadas na Atualidade
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