O ditado
acima parece ter inspirado Ruth Rocha quando escreveu A coisa. Este livro
conta a aventura de Alvinho, personagem principal, o qual, um dia, resolve
procurar uns patins no velho porão da casa do avô. Quando chega lá e se depara
com uma “coisa”, volta correndo, com medo e conta à família o que viu, achando
que era um fantasma, monstro ou algo assim. Não acreditando, o avô resolve
checar o que era aquilo que seu neto havia visto e retorna do porão com medo
também, dizendo que havia visto algo estranho, sem definição, a qual também
chamava de “coisa”. Então, a família passa a acreditar em Alvinho e seu avô, e
decidem olhar também o que era essa “coisa”. Tio Gumercindo vai ao porão e
volta assustado, assim como os outros. A única que se mostrava tranquila era
Dona Julinha, avó de Alvinho, que decide desvendar o mistério, indo até o
porão, com muito cuidado e mostrando que, na verdade, a “coisa” era um espelho
meio coberto com lençol, o que causava a falsa impressão de ser um fantasma.
O livro é
bem humorado, com muita ilustração e linguagem fácil. Podemos
encontrar, por trás do fato engraçado, a “lição” de que nem tudo que parece
ser é, na verdade, o que parece. Em outras palavras: as aparências enganam. A principal mensagem encontrada no livro é a de que nem
todas as pessoas conseguem ver as coisas da mesma forma, como evidenciamos nas
descrições dos personagens sobre a “coisa”:
“- Fantasma!
Uma coisa horrível! Um monstro de cabelo vermelho e uma luz medonha saindo da
barriga! (Alvinho)
“- A Coisa!
– ele gritava. – A Coisa! É pavorosa! Muito alta, com olhos brilhantes, como se
fossem de vidro! E na cabeça uns tufos espetados pra todos os lados! ( Avô de
Alvinho)
“- A Coisa!
É uma Coisa! Com uma cabeça muito grande, um fogo na boca.” (Tio Gumercindo)
Referências
Bibliográficas:
ROCHA,
Ruth. A Coisa. 2ª Ed. São Paulo:
FTD, 1997.
GT 2 – Autores Consagrados
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