Hoje resolvemos
falar sobre um programa que, neste ano de 2012, completou 18 anos que surgiu
pela primeira vez nas telinhas, no de 1994, embora sua exibição tenha sido
interrompida no ano de 1997. Inspirado em Vila
Sésamo e Rá-Tim-Bum, o programa possui alguns
elementos que de certa forma sofreram uma releitura dos contos de fadas tradicionais com a finalidade de dar a
série um caráter inovador:
Ao
contrário dos tradicionais castelos de contos de fadas, o Castelo Rá-Tim-Bum
não se localiza num reino distante, afastado de tudo, num passado longínquo...
É um castelo urbano, numa grande cidade dos dias atuais, cercado de prédios e
da confusão da vida do “mundo real”. É moderno em sua arquitetura, inspirada na
estética art-noveau, seja nas formas, nas cores, na textura das paredes e até
nos equipamentos que se vê em seu exterior – antena parabólica, telescópio etc.
O Castelo o espaço primordial no qual se desenrola a narrativa.(GUEDES,
2001)
Como são
muitos os capítulos, aproximadamente 93, olharemos criticamente um capítulo intitulado
Conto de fadas, especialmente. O episódio traz, sendo esse um dos motivos que o tornam inovador, uma nova percepção das
bruxas/madrastas das famosas histórias infantis: Cinderela, Branca de Neve e
Bela Adormecida, no qual elas querem se tornar boas para conquistarem toda a atenção da história e essa atitude faz com que
os contos de fadas presentes nos livros comecem a desaparecer. Mas, o
personagem protagonista, Nino (esse personagem é construído a partir da fantasia, já que possui 300 anos) tem uma ideia para não permitir que isso
aconteça e juntamente com o príncipe da história de Cinderela vão até o quarto de Morgana
onde estão todas as outras feiticeiras e fala sobre o que está
ocorrendo e convida Morgana para ser a substituta das bruxas que decidiram
mudar de conduta e ela aceita.
As bruxas não
gostam de ver que a amiga aceitou o pedido e furiosas transformam o príncipe em
sapo e, dessa forma, os contos voltam para os livros, pois elas demonstraram
que de boazinhas não tinham nada. Dessa forma, pode-se perceber que a trama
apresenta uma inovação não só para os contos, mas também para se adequar à
atualidade da época em que se era transmitido, uma vez que, o programa ia ao ar
na década de 90.
Esse foi um
exemplo clássico de programa infantil que marcou a infância de muita gente e
tudo isso se deve ao seu formato: uma linguagem didática e divertida que
transmite conhecimento sobre nossa literatura por sua intertextualidade com os contos
clássicos e poema, como, por exemplo, nesse mesmo episódio foi apresentado um
poema de Mário Quintana - Hai Kai.
Sendo assim, podemos concluir que a mídia exerce influências sobre a educação
e cultura das crianças, principalmente em sua primeira fase de aquisição do conhecimento que é
justamente o público-alvo a que foi direcionado o programa na época em que era exibido.
Assim como também permite que as crianças tenham contato com a literatura - como acontece por
meio desse episódio.
Jogos e curiosidades: http://tvratimbum.cmais.com.br/
Episódio subdividido em vídeos curtos disponível em:
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=yYDu1C4tVcg&NR=
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=NYTnwwp1fqg&NR=
http://www.youtube.com/watch?v=dPNIlUnegr0&feature=relmfu
http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=3OG9qaB8afE&feature=endscreen
Referências:
GUEDES B. F. O educativo como entretenimento: uma proposta de tv infantil, 2001.
GT 5: Contos de Fadas na atualidade
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