De acordo com Marisa Lajolo
(1983), Ana Maria Machado, foi uma menina de infância feliz, criada
no meio das fantasias e encantos das letras, apresentadas e contadas
em forma de histórias por seus avós Ceciliano, Rita e por amigos,
tendo como cenário principal a praia de Manguinhos no Espírito
Santo, onde passava longas temporadas de férias. Com todos estes
elementos instigadores, não poderíamos esperar outra coisa se não
a revelação de uma grande “fada” das palavras. No entanto, com
toda sua criatividade, não poderia imaginar o longo caminho que
percorria e a pessoa importante que se tornaria na literatura
infantil, não somente a brasileira, mas a mundial.
Nascida no bairro de Santa
Teresa, Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 1941, a escritora,
jornalista, professora e pintora é a filha mais velha de Mário de
Souza Martins e Dinah Almeida de Souza Martins. A própria Ana Maria
Machado ressalta que quando criança foi uma menina que aprendeu a
ler antes mesmo de completar 5 anos de idade e passava horas de seu
tempo fazendo leituras de livros como: Reinações
de Narizinho, que
era seu preferido. O gosto e a prática da leitura e da escrita
resultaram em sua primeira publicação as 12 anos de idade, o texto
“Arrastão”, publicado na revista Folclore.
Ao conhecermos a história
desta autora, percebemos que sua educação foi prestigiada por um
mundo de livros e leituras. Em todos os relatos de suas experiências,
observamos o universo literário que a cerca, não só a família,
mas também a companhia dos amigos. Ainda de acordo com a escritora,
mais tarde estudou pintura na Escolhinha de Arte de Artes do Brasil,
em seguida no Museu da Arte Moderna. Posteriormente, ingressou na
faculdade, e como no momento não havia formado nenhuma opinião
sobre que curso realizar, optou por Geografia. No entanto, desistiu
do curso para estudar Letras na Faculdade Nacional de Filosofia da
Universidade do Brasil, nomeada atualmente Universidade Federal do
Rio de Janeiro.
Como professora, prosseguiu
seus estudos voltados para a literatura, lecionando em colégios e
faculdades. Também foi neste mesmo período em que a autora foi
procurada pela Editora Abril com a proposta de que escrevesse textos
infantis para a revista Recreio, que iniciava um trabalho promissor
dirigido ao leitor infantil. Ela aceitou o convite e seus textos
foram muito bem aceitos pelo público. Ana Maria Machado começou a
mostrar seu trabalho e a encantar os apaixonados por literatura
infantil, uma oportunidade que lhe abril grandes portas como
escritora.
Em meio a Ditadura Militar,
Machado sentiu todas as consequências dessa situação de
desraizamento e viu-se obrigada a sair do Brasil na tentativa de
escapar da situação politica e imparcial que se apresentava no
país. No final de 1972, voltou ao Brasil e deu continuidade a sua
carreira de jornalista. Em 1977, Ana Maria Machado começa a
transformar seus textos em livros de literatura infantil, como "Bento
– que – Bento – é – o – Frade", e no ano seguinte recebe o
prêmio João De Barro pelo livro “História Meio ao Contrário”,
o primeiro de muitos prêmios de sua carreira. Em 1979, ao sentir
uma grande dificuldade em encontra livros específicos da literatura
infantil, Ana Maria Machado revela ter tido a ideia de organizar e
inaugurar, no Rio de Janeiro, uma livraria especializada nesse
público, a livraria Malasartes.
Para ilustrar, este vídeo retrata um pouco sobre a grande trajetória de nossa Ana Maria Machado. aqui você poderá conferir suas principais obras de sua vasta literatura para crianças e também para adultos.
Fontes:
LAJOLO, Marisa. Ana Maria Machado: seleção de textos, notas, estudos biográficos, histórico e critico e exercícios. São Paulo: Abril Educação, 1983.
MACHADO, Ana Maria. [Biografias: Livros: Cadernos de notas: Novidades: Correio]. [2011]. disponível em . Acesso: 12/08/2013
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