“Invocando o artista plástico Miró, Ciça não tem nenhum medo de se
valer do desenho plano a fim de alcançar a expressão devida da cultura
indígena. Tendo clareza de seu projeto de levar aos livros infantis a expressão
de nossas forças vitais, registrando em suporte de cultura letrada os valores
de povos ancestrais, investe na expansão do traçado indígena, cujo conhecimento
em geral se mostra reduzido à decoração dos objetos vendidos como souvenirs ao
turista brasileiro, feito assim estrangeiro a si mesmo.”
São dois tipos de
ilustrações: uma colorida, com cores muito fortes – característica das
histórias que retratam a vida indígena, ocupando toda a página que narra a
história. As em preto e branco, situadas abaixo do texto de cada página, trazem
o contexto cultural da nação indígena.
Todos os humanos, animais,
árvores e utensílios são desenhados a partir da influência que a ilustradora
busca na obra do escultor catalão Joan Miró (1893- 1983), e após um período de
aprendizado sobre “a expressão gráfica simples e conceitual dos Yanomamis” na
década de 80.
“A
ilustração estimula a leitura, é um fator de atração e sedução. Em todo livro
infantil o que impacta é a imagem, depois é que a criança entra no texto. O
ilustrador conta com suas ilustrações uma versão da história que o escritor
escreveu”.
Valendo-se dessa sedução provocada pelas imagens, Ciça
Fittipaldi prima pela fusão de cores que prendem a atenção e estimulam a
curiosidade das crianças. Proporcionar uma leitura agradável e “colorida”
permite que essa interação texto-imagem
seja essencial para o aprendizado, visto que o livro “A lenda do guaraná”
pertence à coleção “Morená” e circula nas escolas e bibliotecas.
GT3
http://www.fnlij.org.br/principal.asp?texto=PNBE&arquivo=/pnbe/texto/a_lenda_do_guarana.htm(LENDA
DO GUARANÁ)
http://cicafittipaldi.blogspot.com.br/(
para ver mais desenhos da autora siga o link)
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