A história infantil, O feitiço do sapo de Eva Furnari, é uma obra que remete aos contos populares de magia através da história de Zóio, um dos personagens principais e morador da cidade de Piririca da Serra, que tem a mania de praticar “boas ações”. Uma vez, o rapaz, com o intuito de ajudar Carmela, 'a solteirona da cidade', a encontrar um príncipe encantado e, pensando que qualquer sapo poderia assim se transformar, vai até a beira do rio, pega um sapo verde e o coloca numa caixa na porta da casa de Carmela. A moça ingênua e feliz, beija o sapo, mas nada acontece. A partir disso, as aventuras começam a se desenrolar, pois Carmela leva o anfíbio até o professor Boris, um cientista que, não conseguindo desfazer o feitiço, chama seu primo, o mago Druilo, para auxiliá-lo. Já Druilo perde seu chapéu mágico que irá cair nas mãos da bruxa Zelda. Muitas confusões então acontecem no desenrolar da história e Carmela acaba acreditando que seu verdadeiro príncipe encantado é nenhum outro, senão Druilo. No final, os dois se apaixonam e Zóio fica feliz por ter feito mais uma de suas boas ações.
Comentários a respeito da obra:
Percebe-se uma grande marca de intertextualidade com os contos tradicionais, pelo resgate que essa obra faz da história do sapo que vira príncipe, bem como explora motivos da imaginação popular como o mago de chapéu encantado e a bruxa malvada. Dessas características, alguns traços são preservados e outros parafraseados. Como se sabe, os contos de fadas surgiram a partir de narrativas primitivas, contadas oralmente de geração em geração. Normalmente, os contos de fadas começam com marcas indefinidas de tempo e espaço: “antigamente”, “era uma vez”, "em terras e reinos distantes", mas este não é o caso de "O Feitiço do Sapo", que assim se inicia: “Todo lugar sempre tem um doido. Piririca da Serra tem Zóio”. Concomitante, a autora promove a aproximação do leitor com um local que sabemos não mais pertencer aos contos tradicionais. Eva Furnari talvez aponte para um lugar mais real do que o imaginado, ao escolher um nome com jeito de cidade brasileira: Piririca da Serra. O elemento verossímil é justamente “da Serra”, pois existem cidades como Itapecerica da Serra, Natividade da Serra, entre outras. Já o elemento inverossímil , Piririca, faz alusão a algo divertido, sapeca, engraçado. O nome Piririca da Serra pode evocar a uma cidade onde ocorrem episódios divertidos e vivem, perfeitamente em harmonia, um cientista maluco e uma bruxa. Também em oposição aos contos tradicionais, em que a narrativa ocorre em lugares jamais detalhados com precisão, temos até mesmo um mapa da cidade, nas primeiras páginas do livro que leva o leitor a conhecer, antecipadamente, as casas das personagens.
Quem é Eva Furnari?

Referências Bibliográficas:
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm?fuseaction=biografias_texto&cd_verbete=5780
http://www.bibliotecaevafurnari.com.br/ie/index.php
Grupo 4 - Contos de fadas na atualidade
As fontes, por favor. Os comentários sobre a obra dela são de vosso punho? Sobre ela não é, certo? [prof. Marciano]
ResponderExcluirEsse livro mudou minha história desde a Infância, li ele quando tinha dez anos, e Como o Moço Zóio faço Boas ações até hj... Sensacional
ResponderExcluirEsse livro mudou minha história desde a Infância, li ele quando tinha dez anos, e Como o Moço Zóio faço Boas ações até hj... Sensacional
ResponderExcluirQUEM NARRA A HISTÓRIA?
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